Desconexão

Desconexão

Estamos diante de um viver que nos ensina o encapsulamento

E nos livramos dos incômodos, deletamos, cancelamos…

Será que no lugar de nós fechar, de nos encapsular, não é esse o momento de nos abrir?

A produção de uma singularidade se dá coletivamente.

Somos desejantes e queremos sair da pilha de produção, mas estamos machucados, um tanto desconectados, e silenciamos as possibilidades.

Quando um se desconecta de vez, todos são culpados, pois ele é parte de nós e todos falharam com ele.

Como estamos perdendo o sentido e suportando desconexões até não poder mais?

Quem é cada um de nós nesse ideário social?

Quando vai ser marcado o encontro com o incômodo?

Precisamos dar atenção às pistas que as pessoas deixam.

Na arte, a gente toca o delírio e volta.

Na loucura, a gente toca o delírio e fica.

Quê possibilidades a gente tem para além disso que nos está dado?

Quem somos nós se não agarrados ao lado útil da vida?

O mundo está sendo mundo. E por que não estamos negociando com ele?

Estamos perdendo poder.

Estamos perdendo prazer.

E, cuidado, porque qualquer estranheza nos publica verdades a serem forçadas sobre nós.

Sexta-feira, 19 de abril de 2024.

Esse texto, essas palavras e ideias , eu escrevi durante a aula de Tópicos Especiais em Psicologia, do professor Celso, na minha faculdade, a Famath.